“Gordura no fígado está relacionada a morte por doenças cardíacas”, diz especialista no IV SIOS
Publicado em 25/05/2019

"Não tem como escapar, se queremos salvar o fígado é necessário perder peso e gordura abdominal. “A maioria dos pacientes com esteatose hepática não alcoólica, mais conhecida como gordura no fígado, não morre de doenças hepáticas e sim de doenças cardiovasculares”. A afirmação foi proferida no IV Simpósio Internacional de Obesidade e Síndrome Metabólica da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), por um dos mais renomados estudiosos sobre o Diabetes, Eugenio Cersosimo, do Texas Diabetes Institute.  

Estima-se que quase um terço da população brasileira sofra de esteatose hepática não alcoólica. O problema está associado a doenças graves como cirrose e até câncer. Uma revisão de literatura publicada no prestiagiado The Lancelot concluiu que eliminar 5% do peso já reduz em 30% o volume de gordura no órgão. “O fígado gordo inicial resulta em uma sequência que termina com: diabetes, doença cardiovascular, acidente vascular cerebral, mas antes já está acumulando gordura de forma anormal”, reforça.

Sua pesquisa mais recente se concentra na base molecular da resistência à insulina relacionada à obesidade e outras doenças. “Perder peso pode fazer com que a resistência insulínica melhore e isso reduz o risco de complicações cardiovasculares e o avanço da síndrome cardiometabólica”, pontua.