“Inflamação e câncer andam juntos e a base é o acúmulo de gordura visceral”, enfatiza presidente da ABRAN
Publicado em 25/05/2019

A obesidade é uma doença crônica e multifatorial e deve ser tratada como tal. Na aula ministrada pelo presidente da ABRAN, Dr. Durval Ribas Filho, no IV Simpósio Internacional de Obesidade e Síndrome Metabólica (IV SIOS), realizado neste sábado, são elencados pontos polêmicos e essenciais no tratamento da doença. 
“A sociedade se assusta quando se fala de tratamento farmacológico para a obesidade. Inflamação e câncer andam juntos e a base é a gordura visceral”, declara.

A maioria das doenças crônicas são tratadas com agentes farmacológicos, ou seja, com remédios e a obesidade não pode ser negligenciada. “A bioquímica dos indivíduos obesos é diferente da das pessoas magras. Por exemplo, muitos estudos científicos apontam que quando pessoas obesas perdem peso, sua bioquímica não se torna igual ao das pessoas magras”, evidencia.

 Obesidade e inflamação são concomitantes, andam juntas e, não por acaso, esses mecanismos estão ligados ao câncer. “É importante que toda a sociedade entenda os riscos da doença e compreenda que o aumento do número de inflamações e da quantidade de insulina do organismo estimulam a multiplicação celular e o surgimento de tumores. Além disso, o excesso de gordura no organismo também pode alterar a produção de hormônios, que também pode aumentar o risco de câncer”, explica.