Estudo aponta que a alimentação das crianças é mais saudável em casa e na escola
Publicado em 20/07/2018
A má alimentação na infância e adolescência tem sido reconhecida como fator de risco para obesidade e condições associadas na vida adulta. O ambiente alimentar é um importante determinante do comportamento alimentar das crianças e, portanto, melhorias nas escolhas de onde levar as crianças para comer podem facilitar comportamentos alimentares mais saudáveis. Comer fora de casa tem sido associado ao consumo de alimentos pobres em nutrientes, também conhecidos como “alimentos não essenciais”. Pesquisas no ambiente doméstico mostram uma maior ingestão de nutrientes desejáveis, como fibras, e menor consumo de alimentos não essenciais, com maior densidade calórica e com maior teor de gordura. No entanto, o lar também pode representar um cenário para o consumo de alimentos menos saudáveis, incluindo pizzas e bebidas energéticas compradas em lojas, alimentos de restaurantes fast-foode lanches, especialmente em jovens. Para entender esse perfil alimentar, um estudo, conduzido por Ziauddeen N e colaboradores, foi realizado com o objetivo de fornecer uma análise abrangente dos padrões de consumo e ingestão nutricional por local de alimentação em crianças e adolescentes britânicos com idades entre 1.5 e 18 anos do UK National Diet and Nutrition Survey Rolling Program (2008-2014). O principal local de alimentação, em todos os grupos etários, era em casa (69-79% das ocasiões de alimentação), com as maiores ingestões de energia. Um terço das crianças das famílias com menor poder aquisitivo consumia ≤25% das refeições em casa. Comer mais em casa foi associado com menor consumo de açúcar e comida para viagem. Ocasiões alimentares em locais de lazer, locais de alimentação e “em movimento” combinados aumentaram com a idade, de 5% (1,5-3 anos) para 7% (11-18 anos), com maior consumo de energia de alimentos não essenciais. O ambiente escolar estava associado a uma maior ingestão de alimentos básicos e a uma redução na ingestão de alimentos não essenciais em crianças de 4 a 10 anos de idade que consumiam alimentos na escola. Como conclusão, os pesquisadores chegaram ao entendimento de que a alimentação no lar e na escola está associada a melhores escolhas alimentares. Iniciativas eficazes e sustentadas direcionadas a comportamentos e à melhoria do acesso a alimentos saudáveis ​​em centros de lazer e restaurantes, incluindo alimentos vendidos para consumo, podem melhorar as escolhas alimentares. O lar continua a ser um importante alvo de intervenção por meio de campanhas de educação familiar e nutricional, divulgação e marketing social. Este teste foi registrado no registro ISRTCN (https://www.isrctn.com) como ISRCTN17261407. LEIA O ARTIGO COMPLETO EM https://doi.org/10.1093/ajcn/nqy057
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