Flavonoides dietéticos e a prevalência e incidência de 15 anos de degeneração macular relacionada à idade
Publicado em 01/11/2018
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a principal causa de cegueira e grave deficiência visual em idosos. A maioria das pesquisas realizadas até o momento examinou os efeitos de antioxidantes comumente conhecidos, como as vitaminas C, E e A e os carotenoides (luteína e zeaxantina) no risco e progressão da DMRI. Há poucas pesquisas sobre fitoquímicos promissores com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, incluindo flavonoides. Os flavonoides são compostos bioativos encontrados em alimentos como chá, chocolate, vinho tinto, frutas e vegetais. Os flavonoides encontrados nos alimentos podem ser divididos em seis classes principais: flavonoides, flavanóis, flavonas, flavanonas, antocianinas e isoflavonas, e podem ter atividades antioxidantes e anti-inflamatórias. Há também fortes evidências de que os flavonoides afetam positivamente a saúde vascular através da melhora da função endotelial. Assim, o papel dos flavonoides parece promissor para reverter o estresse oxidativo e o dano associado à inflamação e melhorar a função vascular e, assim, possivelmente, melhorar as características clínicas da DMRI. Estudo realizado por Bamini Gopinath e colaboradores usou uma coorte de base populacional com 2856 adultos com idade ≥ 49 anos no início e 2037 acompanhados 15 anos mais tarde foram incluídos nas análises de prevalência e incidência, respectivamente. A ingestão dietética foi avaliada por meio de um questionário semiquantitativo de frequência alimentar. As estimativas do teor de flavonoides dos alimentos no questionário foram avaliadas usando os bancos de dados USDA Flavonoides, Isoflavonas e Proantocianidinas. A DMRI foi avaliada a partir de fotografias da retina. Os resultados sugerem uma associação independente e protetora entre a ingestão dietética de flavonoides e a probabilidade de ter DMRI. Estudos adicionais de coorte prospectivos são necessários para validar esses achados. O estudo completo está disponível em https://doi.org/10.1093/ajcn/nqy114
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