Os efeitos benéficos do consumo de nozes no perfil lipídico.
Publicado em 10/08/2018
Consumo de nozes melhora o perfil lipídico: Uma atualização de metanálises e revisões sistemáticas de estudos controlados A literatura tem consistentemente mostrado que o consumo de castanhas está associado com melhora nos fatores de risco cardiovascular e menor risco de doença cardiovascular. Estudos de intervenção sugerem que a incorporação de nozes na dieta pode melhorar o lipidograma sem promover ganho de peso.Castanhas são grandes fontes de ácidos graxos insaturados, e são ricas em fibra, minerais (potássio, cálcio e magnésio), vitaminas (fotato e vitamina E), fitoesterois e polifenóis. A composição de ácidos graxos entre os tipos de nozes varia amplamente. Amêndoas, avelãs, pistaches, castanhas de caju e amendoins são ricos em MUFA (ácido graxo monoinsaturado), as nozes são ricas em PUFA (ácido graxo poli-insaturado). Nozes são ricas em ácido alfa-linoleico e ácido linoleico. Alfa-linoleico é precursor essencial de PUFA ômega-3, encontrado em óleo de peixe, e com propriedades anti-inflamatória e anti-aterogênica. Tem sido mostrado que a composição de ácidos graxos das nozes pode fornecer efeitos benéficos como, a diminuição de níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides. Embora muitos estudos tenham avaliado o efeito do consumo de nozes no perfil lipídico, existem discrepâncias nos resultados de lipídeos específicos e de apolipoproteínas sanguíneas. Face ao exposto, o presente estudo realizou uma atualização de revisão sistemática e metanálise de estudos controlados que avaliaram o efeito de deitas enriquecidas com nozes no perfil lipídico e perfil apo. Além disso, foi avaliado se a incorporação de nozes à dieta leva a mudança de peso. Os autores também avaliaram outros fatores de risco cardiovascular, incluindo pressão arterial [Guasch-Ferré et al.  Effects of walnut consumption on blood lipids and other cardiovascular risk factors: an updated meta-analysis and systematic review of controlled trials. The American Journal of Clinical Nutrition, 2018]. Para tal, foi realizada abrangente pesquisa no PubMed e EM-BASE de estudos clínicos que compararam dieta enriquecida com nozes e dieta controle. Os autores conduziram metanálises comparando a dieta enriquecida com a dieta controle para mudanças pré-pós intervenção em relação ao perfil lipídico, apolipoproteínas, e pressão arterial. A metanálise de vinte e seis estudos clínicos com 1059 participantes mostrou: quando comparado a dieta controle, o grupo intervenção com nozes reduziu significantemente o colesterol total, LDL-colesterol e triglicérides. A intervenção com nozes também reduziu significantemente a apolipoproteína B e tendeu a reduzir a Apolipoproteína A. A intervenção com nozes não foi associada a mudança de HDL-colesterol, de peso, pressão sistólica ou pressão diastólica. O período de intervenção variou de 4 semanas a 1 ano (média (8 semanas). A quantidade de nozes variou de 15 a 108 g/dia (média diária) e representou 5 a 24% do total de energia. Os autores concluíram que o estudo forneceu robusta evidência para os efeitos benéficos do consumo de nozes no perfil lipídico, sem comprometer peso ou pressão arterial. Além disso, destacam que, apesar do alto nível de energia fornecido por nozes, o seu consumo (15 a 108 g/dia) não promoveu aumento de peso e dessa forma, quando incorporadas a um padrão saudável alimentar, as nozes podem aumentar os benefícios para a saúde.   LEIA O ESTUDO COMPLETO EM https://doi.org/10.1093/ajcn/nqy091
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