
Como a Mulher pode melhorar sua Qualidade de Vida na Menopausa e ao Envelhecer?
A saúde da mulher está associada a várias transformações no seu corpo e a chegada da Menopausa é, para muitas, um desafio por acentuar mudanças não apenas físicas, mas emocionais e que podem interferir de forma significativa em sua qualidade de vida. Envelhecer é outra etapa que merece atenção, para se buscar a longevidade de uma maneira saudável.
Estes foram os enfoques das palestras da Dra. Maria Socorro Medeiros de Morais - Nutróloga Ginecologista e Doutora em Envelhecimento - durante o CBN 2024 - XXVIII Congresso Brasileiro de Nutrologia, principal evento técnico-científico dedicado à Nutrologia, em toda a América Latina, e o maior do mundo em Medical Nutrition, que acontecerá de 26 a 28 de setembro, em São Paulo
A primeira aula trouxe como tema “Resgatando a Qualidade de Vida da Mulher na Menopausa”, mostrando porque é importante a mulher olhar para si mesma, com mais cuidado, e tentar se reequilibrar com as perdas naturais desta fase. “Na menopausa temos uma janela de oportunidade para as intervenções no estilo de vida, até 60 anos ou 10 anos após a parada definitiva da menstruação, que devem ser direcionadas para o padrão alimentar, com uma dieta saudável, introdução de exercícios físicos e terapia hormonal, para aquelas que esta prescrição for indicada”, observou.
Para a especialista, estas perdas envolvem a diminuição da libido, aumento de peso, devido às alterações metabólicas relacionadas a queda do estradiol - o principal hormônio da vida da mulher - aparecimento de doenças associadas ao estilo de vida, envelhecimento celular, exaustão, alterações do humor, do sono, ansiedade, depressão, dores articulares, pele e mucosas ressecadas, cabelos finos e quebradiços. “Apesar de todas estas mutações é preciso se manter um autocuidado para se poder viver com qualidade, pois estas mudanças são inerentes à saúde feminina”, observou.
A segunda palestra evidenciou a questão “Nutrologia e Longevidade Feminina: os Segredos do Envelhecimento Ativo”. Dra. Socorro lembrou que o Brasil é, cada vez mais, um país de pessoas idosas e de mulheres neste grupo. “Esse fenômeno denomina-se de Feminização do Envelhecimento. Há cerca de 33 milhões de pessoas com mais de 60 anos e, desse universo, 56% são mulheres, em torno de 18 milhões. As brasileiras vivem cerca de 7 anos a mais que os homens. Mas este fato não significa que envelhecem bem. Cerca de 58% delas tem três ou mais comorbidades”, alertou.
Neste cenário, há uma necessidade clara de melhorar a qualidade desse envelhecimento de mulheres e homens também. “Mais uma vez é na transição menopáusica - os primeiros 10 anos pós-menopausa - o melhor momento para se estruturar estas mudanças para um envelhecimento feminino saudável. E a atenção ao estilo de vida é fundamental, com uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, vitaminas e minerais; se exercitar, com regularidade; dormir bem, manejar o estresse e ansiedade; cuidar da saúde em geral e do bem-estar sexual. É importante, ainda, o equilíbrio hormonal e uso de terapias complementares com antioxidantes, probióticos, fitoterápicos e suplementos, sob orientação médica”, ensinou a CEO do Instituto Ser Melhor e representante da ABRAN no Rio Grande do Norte.