Longevidade feminina: viver mais e melhor é possível

Longevidade feminina: viver mais e melhor é possível

A expectativa de vida das mulheres brasileiras continuou a subir nos últimos anos. Segundo dados de 2025 do IBGE, elas passaram a viver, em média, 81 anos, cerca de 7 a 9 anos a mais que os homens. Mas a longevidade, por si só, não garante qualidade de vida aos anos a mais conquistados.

“O envelhecimento ativo esteve sempre relacionado à manutenção da funcionalidade física e cognitiva, ao equilíbrio emocional e à participação social da mulher envelhescente. Não se trata apenas de evitar doenças, mas de viver com vitalidade e propósito”, explicou a Profa. Dra. Socorro Morais, médica ginecologista e nutróloga, diretora do curso nacional de Nutrologia da Mulher da ABRAN e CEO do Instituto Ser Melhor, durante suas palestras no Congresso Brasileiro de Nutrologia (CBN 2025).

A especialista destacou que os pilares de um envelhecimento bem-sucedido começam a ser construídos já a partir da transição menopáusica, entre os 38 e 40 anos. Nesse período, muitas mulheres enfrentam sintomas que afetam significativamente a rotina, a autoestima e a qualidade de vida. Ondas de calor, insônia, alterações de humor e queda da libido se somam a outras queixas menos faladas, como o ganho de peso, a perda de massa muscular e a chamada “brain fog”- aquela sensação de confusão mental e dificuldade de concentração.

“Esses agravos exigem uma abordagem personalizada e abrangente, que inclui alimentação equilibrada, prática de exercícios, apoio psicológico, terapias complementares e, quando indicado, a terapia hormonal”, afirmou Dra. Socorro. “Cada mulher viveu sua transição menopáusica de forma única, e por isso os cuidados precisaram ser individualizados, multiprofissionais e integrados.” A alimentação também tem papel crucial nesse processo. De acordo com a médica, “pequenos ajustes na dieta podem prevenir doenças e aliviar sintomas da menopausa, contribuindo diretamente para uma melhor qualidade de vida”.

A médica nutróloga destacou, ainda, que envelhecer com saúde é também manter projetos, estabelecer rotinas prazerosas e cultivar relações significativas. “O cérebro precisou ser estimulado e nutrido com bons vínculos”. A Dra. Socorro Morais ministrou quatro palestras voltadas à saúde da mulher: “Microbiota e a Saúde da Mulher”, “Envelhecimento saudável e ativo: caminhos e inclusão”, “Composição Corporal Feminina e impacto na menopausa” e “Longevidade feminina: é possível construir um envelhecimento ativo e saudável?”. 

As discussões levantadas no CBN 2025 levam a uma nova visão sobre o envelhecimento feminino: mais positivo, realista e, acima de tudo, possível de ser vivido com plenitude.

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