Nutrologia Esportiva, uma aliada para atletas e obesos
Atletas de modalidades esportivas de endurance (maratona, triathlon) e de esportes por classe de peso (wrestling, Judô) podem apresentar sinais/sintomas da Síndrome da Deficiência Relativa de Energia nos Esportes (RED-S - do inglês Relative Energy Deficiency in Sport).
Em geral, é uma prática de baixa ingesta calórica (LEA) em relação ao gasto de energia dos treinos diários, que não atende aos critérios de transtornos alimentares do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Alimentares).
A RED-S é uma coalisão da Tríade de Mulher Atleta e da Tríade do Homem Atleta com a amenorréia (ausência de ciclos menstruais >3 meses) e o hipogonadismo (baixa produção de testosterona), respectivamente como diferenciais. “A saúde e o desempenho desses atletas serão muito comprometidos, se não for feito um diagnóstico/tratamento mais precoce que envolva coach, família e uma equipe multiprofissional”, destacou o especialista.
Existe obeso fit?
São pessoas com Índice de Massa Corporal > 30 kg/m2 - que são fisicamente ativas (moderado fitness cardiorrespiratório medido por teste cardiopulmonar) e possuem um perfil laboratorial de baixo risco cardiovascular. Esse obeso fit pode ser mais saudável que um magro sedentário.
No entanto, esse obeso fit poderá desenvolver doenças das articulações pelo desgaste de cartilagens (sobrecarga) e maior risco de lesões em tendões/ligamentos, mas continuará com menor risco cardiometabólico em relação aos seus pares sedentários. “Portanto, o exercício físico regular e com certa intensidade, é um recurso terapêutico insubstituível no tratamento da obesidade, mesmo que não haja alteração do peso”, explicou.
