Nutroterapias no Tratamento do Paciente com Síndrome Metabólica

Nutroterapias no Tratamento do Paciente com Síndrome Metabólica

A Síndrome Metabólica se consolidou, nos últimos anos, como um dos maiores desafios da medicina contemporânea. Caracterizada por um conjunto de condições interligadas - como obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão arterial, dislipidemia e inflamações crônicas de baixo grau - essa síndrome aumentou de forma expressiva o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas em milhões de pessoas ao redor do mundo.

Esse tema esteve no centro das discussões do XXIX Congresso Brasileiro de Nutrologia (CBN 2025), durante a palestra “Nutroterapias no Tratamento do Paciente com Síndrome Metabólica”, quando a Profa Dra Isolda Prado, médica nutróloga e diretora da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), apresentou um panorama completo das estratégias mais promissoras no uso da nutrição clínica e funcional no manejo desses pacientes. “Essa abordagem personalizada e centrada no paciente trouxe novas perspectivas para o cuidado multiprofissional, com destaque para o papel do nutrólogo como protagonista no combate às doenças crônicas relacionadas ao estilo de vida”.

Ainda, segundo a médica, o conceito de nutroterapia vai além da ideia de uma alimentação saudável: envolve intervenções nutricionais estratégicas e individualizadas, capazes de prevenir complicações, melhorar desfechos clínicos e recuperar a qualidade de vida dos pacientes. A palestra da Dra. Isolda detalhou os caminhos mais eficazes no enfrentamento da Síndrome Metabólica, com base em evidências científicas atualizadas. Um dos pontos centrais foi a modulação da microbiota intestinal, reconhecida hoje como peça-chave no equilíbrio metabólico e na regulação da resposta inflamatória.

Outros destaques foram as dietas de padrão anti-inflamatório, ricas em vegetais, gorduras boas, fibras e compostos bioativos, que demonstraram reduzir marcadores inflamatórios e melhorar parâmetros metabólicos, e o uso direcionado de suplementações nutricionais e nutracêuticos com efeitos comprovados no metabolismo lipídico, na sensibilidade à insulina e na redução do risco cardiovascular.

Para a médica nutróloga, o futuro do tratamento da Síndrome Metabólica passa por uma atuação integrada e multiprofissional, em que o nutrólogo assume papel essencial no acompanhamento dos pacientes de risco. Essa atuação conjunta com endocrinologistas, cardiologistas, psicólogos e educadores físicos possibilita abordagens mais completas e eficazes. “Não estamos mais falando apenas de tratar doenças, mas de transformar vidas, atuando na causa e não apenas na consequência”, ressaltou.

 

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