Por que tantos casos de Lipedema? É uma Doença Nova?

Por que tantos casos de Lipedema? É uma Doença Nova?

O Lipedema é uma doença vascular crônica, caracterizada pelo aumento desproporcional de gordura em partes do corpo. Além das dores na região afetada, ainda causa um desconforto estético e, muitas vezes, de mobilidade. 

A doença não é uma nova descoberta. “Por muito tempo manteve-se o diagnóstico de que esse aumento de gordura fosse obesidade. Mas, felizmente, se mudou esta visão e hoje, inclusive, o Lipedema já faz parte do CID – Código de Doença Internacional – por suas diferenças em relação à obesidade”, explicou a Profa. Dra. Eline de Almeida Soriano - Médica Nutróloga e Diretora da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).

O tema foi foco da sua palestra “Como Tratar Lipedema em Pacientes Obesos: Evidências”, durante o CBN 2024 - XXVIII Congresso Brasileiro de Nutrologia, principal evento técnico-científico dedicado à Nutrologia, em toda a América Latina, e o maior do  mundo em Medical Nutrition, que acontecerá de 26 a 28 de setembro, em São Paulo. 

“O acúmulo de gordura, geralmente é localizado nas nádegas, quadris e membros inferiores podendo também atingir os membros superiores, mas o tronco sempre é poupado desta distribuição não uniforme do tecido adiposo. Há um acúmulo desproporcional de gordura entre a parte superior e inferior do corpo, se concentrando mais na inferior. Diferente da gordura da obesidade, é dolorosa e, na região afetada, podem ocorrer hematosas, devido à fragilidade capilar, além de fadiga e até alterações que levam a deformidades”, detalhou a especialista.

Geralmente a doença acomete mais mulheres na idade adulta e o tratamento é direcionado para mudanças do Estilo de Vida, como melhora da dieta e atividade física. “Estas condutas, porém, não são tão responsivas, como na obesidade, onde há uma resposta mais rápida quando se muda a alimentação e sai do sedentarismo. Por isso, é necessário introduzir a medicação, para combater o processo inflamatório - que está na gênese da doença - através do uso de fitoterápicos e nutracêuticos”, explicou.

“Há, ainda, espaço para fisioterapia, com drenagem linfática, e terapia antioxidante, pois há um aumento do estresse oxidativo. O excesso de peso precisa ser resolvido com dieta, exercícios e medicação, se for o caso. E, além disso, tem-se como opção o tratamento cirúrgico do Lipedema, a lipoaspiração tumescente, para redução dessa gordura. Mas a análise e melhor tratamento devem ser definidos, caso a caso”, orientou Dra. Eline Soriano.

Publicado por VS Press Comunicação

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